Homunculus

Um outro objetivo da alquimia era a criação da vida artificial, em especial a geração artificial de vida humana. Esses humanos artificiais seriam os homunculus, que em latim significa "homúnculo" (diminutivo de homem).

Pode-se considerar influência cabalística no papel do homunculus na alquimia, tendo analogia com a criação do golem na cabala.

Esse conceito foi usado pela primeira vez por Paracelso, se designando a um ser de doze polegadas de altura e, que, segundo ele, poderia ser gerado a partir do sêmen humano posto em uma retorta hermeticamente fechada e aquecida em esterco de cavalo por quarenta dias. Aí então seria formado o embrião. Antes dessa citação, o conceito do homúnculo na alquimia não existia.

Outro alquimista famoso por tentar criar homunculus foi Johann Conrad Dippel, que utilizava métodos mais bizarros, como fecundar ovos de galinha com sêmen humano e tapar o orifício com sangue de menstruação.

O homúnculo na alquimia pode ser também uma alegoria, uma representação literal respeitante à criação de novas entidades minerais por meio a arte, sejam elas objetivos finais ou intermediários. A imagem do homunculus é muito comumente representada por um ser humano, animal ou quimérico numa retorta.

O conceito do homúnculo alquímico pode ter dado a origem do uso do termo na ciência. Na biologia, o termo homúnculo surgiu pela primeira vez com Antonie van Leeuwenhoek, que viu pela primeira vez um espermatozóide e pensava que nele tinha uma miniatura de humano dentro, que seria o homúnculo. Ele se desenvolveria quando depositado e fecundado no sistema reprodutor de uma mulher, pois ele se desenvolveria no óvulo. Apesar desse ponta pé inicial para responder como se desenvolvia a vida, foi com Lazzaro Spallanzani que definitivamente se provou que era necessário um espermatozóide e um óvulo para haver reprodução, qual sem a fecundação de ambos não se gerava vida.